Há 3 anos
sábado, 30 de outubro de 2010
Saudade sua...
Nos últimos anos projetei pra minha vida um plano só: Cuidar do Rian. E isso é o que está fazendo eu tomar tomas as decisões mais recentes sobre minha vida. O plano é: O que é bom pra ele é bom pra mim.
É em cima dessa sensação que tenho sobrevivido. Desisti de encontrar o Amor da minha vida. Corrigindo. Desisti de "reencontrar" o amor da minha vida. Sim. O amor da minha vida eu já conheci, mas não o vivi por muito tempo.
Ela desistiu de mim, e eu até hoje não sei bem o por que, mas respeito o acontecido. Falando na desistência, fora a minha dedicação ao Rian, junta-se também outros fatores que são primordiais. Em primeiro vem a decisão dela. Se ela desistiu naquela época por motivos que desconheço, desconheço mais ainda um motivo que a faça querer mudar essa história. Outra coisa é a seguinte, se ela até hoje é o amor da minha vida, fica claro que tem como uma das causas essa desistência dela. Se eu tivesse convivido por mais tempo teria conhecido seus Grandes Defeitos e assim poderia ter desgastado a sua imagem e consequentemente poderia desmanchar toda uma idealização que tenha surgido. Mas como saber? Como saber a trama de uma história que não aconteceu?
De uma coisa eu sei. O sentimento não se apagou. Em mim não. Não sei se nela esse sentimento surgiu. Caso tenha surgido, será que suportou estar guardado por tanto tempo? Tomara que todas as respostas para as minhas dúvidas mais pessimistas sejam positivas. Não precisava serem todas, mas pelo menos as principais, as mais importantes. Tipo. Será que um dia poderei perguntar: Deixa eu fazer parte da tua vida? Deixa eu dizer que TE AMO? Você me ama? Vamos ser felizes juntos?
Ai ai. Hoje estou meio bobo né? Acho que é porque vi o vídeo dela cantando, vi as fotos dela sorrindo e vi o quanto ela é feliz quando está fazendo a coisa mais básica do mundo: vivendo. E viver é uma coisa que ela faz muito bem. Exagera em algumas coisas, mas vive bem.
E os olhos dela brilham. Brilham muito. E é lindo de se ver. Brilha quando está com os amigos. Brilha quando está cantando. E brilha mais ainda quando está com sua família. Com sua Cria. Esse é o momento mais lindo de se ver. É um sorriso que não cabe na boca.
Mesmo assim paro pra analisar e acho que o melhor é que ela continue lá, vivendo. Não quero acabar com essa admiração e esse amor. Essas sensações me fazem bem, apesar de não serem ideais. Mas é melhor não estragar. Ela é linda de se ver. E espero que continue assim por muito tempo. Ainda mais agora que estou praticamente de malas prontas pra realizar um dos meus maiores sonhos que é morar em Jeri. Como já disse em outro post, vou recomeçar minha vida de onde parei. Recomeçar, pelo menos, as coisas que dependem muito de mim. As outras, deixo Deus ser maestro e me recompensar se for meu merecimento.
segunda-feira, 4 de outubro de 2010
Trabalhar, qual a razão?
Se enquanto trabalho não faço amor;
Se enquanto trabalho não escrevo poesias,
nem vejo a lua, nem tomo sol;
Se enquanto trabalho não crio conceitos;
Se enquanto trabalho não beijo os olhos do meu amor;
Se enquanto trabalho não ando descalço
em areias brancas,
nem ouço as ondas do mar;
Se enquanto trabalho não abraço meu filho;
Se enquanto trabalho não leio Henry Miller;
Se enquanto trabalho não mergulho em minha alma;
Se enquanto trabalho não vejo filmes,
nem respiro o perfume das flores,
nem admiro uma obra de Michelangelo;
Se enquanto trabalho não escalo montanhas,
nem salto no escuro, nem tomo uma taça de vinho;
Se enquanto trabalho não medito, não danço, não ouço música,
nem respiro o sagrado ar da liberdade;
Se enquanto trabalho não sonho, nem pinto,
nem componho, nem desenho,
nem esculpo, nem declamo Lorca ou Neruda;
Se enquanto trabalho nem sequer me lembro
dos vinte poemas de amor
e das canções desesperadas;
Se enquanto trabalho não parto melancias,
nem rezo ao meu Deus;
Se enquanto trabalho não faço nada disso,
— então só me resta perguntar:
O que é que estou fazendo aqui?
Edson Marques
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