segunda-feira, 22 de novembro de 2010

ACOARA DE JERICÓ


Aqui não tem luz!
Falou um guia no meio daquele caminho cheio de areia e vento.
Não acredito! Pensei com meus botões.
Como vai ser quando chegar lá? Como vai ser pra dormir sem, pelo menos, um ventilador?

Era mês de Dezembro. O ano? 1995.
Eu era o único entre meus irmãos que já estava de férias. Tinha passado por média. Meu prêmio? Viajar com meu tio Adalberto e meus primos que tinham vindo do Rio passar férias no Ceará.
No dia que chegamos foi amor à primeira vista. Aquela praia me encantou. Juro que nunca tinha ouvido falar, nem de nome. Nossa! E que nome: Jericoacoara.
Passamos uns 5 dias. Mas valeram pelos meus 12 anos, na época, vividos na Praia do Futuro, Icaraí, Cumbuco, Icapuí, Iguape, Prainha.
Foi um amor tão arrebatador que com 12 anos fiz minha primeira promessa de vida.
"Um dia ainda venho morar neste lugar."
E hoje? 2010. 15 anos se passaram. Onde estou? Em uma lan house, na rua São Francisco. JERICOACOARA!!!
Chegou energia elétrica, internet e outras modernidades, mas a essência continua a mesma. Ela continua linda. Melhor, ela está esplêndida. É uma energia que não posso definir.
Às vezes percebo que não sou muito fácil de me apegar às coisas. Mas existem certas coisas, certas pessoas, que me deixam incontrolável. Fogem dos meus planejamentos. Mas é bom! É bom que seja assim. É bom perder o controle de vez em quando.
Apesar da distância das pessoas que amo e que fazem uma falta tremenda eu estou bem. Estou me virando bem. Ligo pra ouvir a voz delas. Me contento com vozes. É um acalento. Apazigua a dor que vem com a saudade.
Pois é. Me sinto bem. Como poucas vezes me senti.
É isso. O primeiro passo eu dei. Estou aqui. Agora, seja o que Deus quiser.
Que assim seja.

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Tudo ao mesmo tempo, AGORA!!

Desculpa por eu estar escrevendo tudo ao mesmo tempo, agora. Mas estou no ímpeto de escrever. Foi muito tempo sem esse hábito ser realizado de bom grado, como estou fazendo hoje. E parece que vou ter que escrever muito, mas bem muito mesmo, pra poder escrever alguma coisa que preste e que tenha a minha cara, como nos textos que eu escrevi no meu auge do vício em escrever. Acho que nos últimos textos falei demais, meio sem nexo, meio sem graça e eu não gostei. Pareceu uma coisa forçada. Mas prometi que não iria apagar um texto depois que ele fosse postado, mesmo que não eu não estivesse nos meus melhores dias. Assim eu criaria vergonha e passaria a me dedicar com mais afinco pra poder escrever alguma coisa que preste.
Quando comecei esse texto a minha vontade era essa, escrever alguma coisa que preste, mas já está tão tarde que eu nem lembro mais sobre o que era e minha insônia já se escafedeu. O sono ganhou a briga e minha mente já não consegue sincronizar o que eu estou pensando com o que eu gostaria de escrever, portanto, vou pra cama.

Diário de um Careta

Depois de uns tempos entregue a um dia a dia altamente sem ânimo, hoje me senti revigorado. Não sei se foi por que revi alguns amigos que moram na minha rua, mas que estavam mais atarefados do que eu com trabalho, namoros ou sei lá mais o que. Não sei se foi por que comecei a escutar o novo cd do Skank gravado ao vivo no minerão e que contém umas músicas que me remete a um tempo da minha pré-adolescência que era muito bacana, pois viajava nos feriadões com minha família, meus tios e primos pra alguma casa de praia e essas músicas eram as que a gente mais escutava. Foi nessa época que prendi a jogar "mau-mau" e foi uma das últimas e melhores épocas que vivi juntamente com minha família, pois depois desse tempo veio a época das festas e viagens junto somente dos amigos. Não sei explicar o que foi, mas sei que estou me sentindo entusiasmadamente (que palavra é essa?) bem.
Antes eu estava pensando que meu ânimo tinha ido embora por que virei careta e estou bebendo apenas uma cerveja nos dias que o Ceará tem jogo fora e tenho que assistir em um restaurante. Mas pelo visto são as pessoas que estão me fazendo falta. Meus amigos, meus primos. Acho que tenho uma ligação muito grande com as pessoas que fizeram parte de momentos em que fui muito feliz e a falta delas, consequentemente, me deixa desanimado. A vida da gente nunca é só filho, pai, mãe, irmãos, namorada, esposa. É muito mais que isso. São amigos/primos que foram muito importantes em épocas distintas e que fazem uma enorme falta. Aquelas histórias que só se é possível conversar com eles e que só eles vão lembrar, pois eles estavam lá. E lembram de uns detalhes, que, na maioria das vezes, seria muito melhor que eles tivessem esquecido. Preciso de pessoas perto de mim, mesmo que seja só em pensamento. Muito melhor se for ao vivo, mas vejo que essas pessoas tem um peso tão grande na minha felicidade que só a lembrança delas já me deixa feliz.