terça-feira, 18 de agosto de 2009

Homem, O Deus do Conforto

Quem não fica indignado com o controle remoto que acabou a carga da pilha e você tem que se levantar a todo instante para mudar o canal?

Pode existir Deus para tudo, mas no quesito conforto o ser humano é mestre. Quase tudo que se cria é pra dar mais comodidade e conforto. Pense num objeto. Darei o exemplo. Pense num carro. Qual o carro mais caro? O que tem mais conforto. Quem gosta de ir de porta em porta verificando se todas estão fechadas corretamente? Ninguém. É extremante chato e por causa dessa preguiça de ir olhar acabamos deixando, vez por outra, uma porta destravada. Prato cheio pros ladrões. Melhor seria como já existe hoje. Você desce do carro, fecha a sua porta, aperta um botão e escuta o “pli-plic”. Pronto. Portas travadas e alarme acionado. Pra quê melhor? Daqui a alguns anos, acho, não precisaremos mais nem aprender a dirigir. Entraremos no carro, colocaremos no computador o local que queremos ir e o carro chegará lá, sozinho. Sem precisar trocas de marchas, girar a direção, abrir portas, ajeitar retrovisor. Um luxo só.

Falando em conforto me lembrei de outro objeto.

Olhe. O homem poderá ir à Lua umas 10 vezes, em Marte umas 20, poderá até andar de patins nos anéis de Saturno, mas na minha opinião está para ser criado um objeto que se compare à uma Máquina de Lavar. Não existe. É altamente sem comparação você acordar domingo de manhã, pegar aquela trouxa de roupa usada na semana toda colocá-la dentro da máquina de lavar, colocar a medida de sabão e pronto. Vá dormir de novo, assistir o Globo Rural, dar uma volta na Feira dos Pássaros, vá à praia, tanto faz, vá aonde quiser. Quando chegar pegue as roupas e estenda. Ah! Reclame não. Tem que estender, pois por enquanto ainda não criaram uma máquina que além de lavar ainda estenda pra você.

É ou não é horrível? A pessoa perder metade do seu domingo (dependendo da quantidade de roupa que você tem, pode ser até mais) na frente de um pia ou um tanque, esfregando, arrancando a cabeça dos dedos naquela mancha do macarrão que você almoçou e não teve habilidade suficiente para levá-la até a boca, deixando-o escorregar pelo garfo e cair na camisa.
Pra quem não tem outra pessoa pra fazer certas coisas por você o mundo de hoje está muito, mas é muito mesmo, mais cômodo do que a cinquenta anos.

Mas tome cuidado pra não engordar, pois comodidade é bom, mas tem limite. Se você não tem tempo pra fazer exercício e queimar aquelas gordurinhas, quando pegar ônibus, desça uma parada antes ou estacione o carro um pouco mais longe da entrada da faculdade, do trabalho, do shopping e vá caminhando. Queimar calorias é bom e as gatinhas agradecem. Nós garotões, também, a gente gosta de carne, mas daquelas meio moles nem tanto.

5 comentários:

Chris Moreira disse...

Filosófico e reflexivo... rsrs. Adoro!

Lorena Portela disse...

hehehehe

muito bom o texto!

e muito bom tu ter me visitado (e gostado) no meu espacinho.

volte mais vezes e goste, se der.

rsrsrs

beijo!

Tatyana França disse...

Comodidade é o que há!!
Adooooooro! ;p

Já pensou? Se não fosse pela comodidade dessa invenção magnífica chamada Internet, eu teria que te mandar uma carta pra vc saber como eu achei legal o teu texto! E aliás... Sem blog, talvez ficasse um pouquinho mais difícil tb eu ter acesso aos teus escritos! (teria que esperar a publicação do texto em um jornal ou, quem sabe, de um livro).

Mas nada contra cartas! Eu amo escrevê-las e recebê-las! Entretanto, convenhamos que e-mails, scraps e comments via blogger são bem mais cômodos, né? hehehe. ;)

Tatyana França disse...

Só complementando um pouco o comentário (haha):
Amo as comodidades nossas de cada dia. Só espero que elas não me tragam o monstro da acomodação...

Diego disse...

A melhor invenção do homem, foi o anti-concepcional!